sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Reflexões sobre o método de observação

Reflexões sobre o método de observação

( Por João Marques )

Olhar para um cubo multicolorido ignorando as diversas possibilidades de movimento resultariana perda de vários aspectos de sua estrutura. Por exemplo, não se saberia a cor da face escondida do cubo a qual o campo de visão não abarca, até mesmo sua forma ficaria nuviosa, pois, dependendo do ângulo de visão do observador estático, frente ao objeto (cubo), também estável, resultaria na incapacidade de sequer notar que o objeto é um cubo ao invés de um quadrado.
Se o observador continuar ignorando a possibilidade de movimento tanto dele mesmo quanto do próprio objeto observado chegará a um resultado incompleto que não examina sequer os atributos físicos de seu objeto.
Ao ignorar-se vários aspectos de um objeto de estudo, seja um simples cubo multicolorido, ou até mesmo os mais recentes fenômenos da química ou física, ignora-se também sua totalidade e uma gama de reações deste objeto com seu meio físico.
Portanto, a observação se tornaria profundamente analítica abarcando apenas aspectos descritivos do objeto. Eis o método metafísico de observação, a ciência das coisas, não dos movimentos
[1].
Contudo, o cubo restabeleceria suas propriedades se fosse observado com uma postura metodológica que cingisse estas possibilidades de movimento. Nosso cubo deixaria de ser, tal como uma foto estampada, para adquirir um aspecto dimensional, com volume e cores diversas, fatos que perante uma metodologia metafísica jamais poderiam ser percebidos. Desta forma, estaríamos diante de um método dialético de observação que é o reflexo das formas de movimento do mundo real
[2].
O método metafísico obriga o agente da observação a adquirir uma posição rígida, que deixa de lado as inter-relações do corpo observado com as forças que o movem, ao contrário do método dialético, que dissolve as características rígidas, justamente, por aceitar que as diferentes formas e variedades da matéria só podem ser reconhecidas por meio do movimento; somente através dele se manifestam as propriedades dos corpos; de um corpo que não se move, nada se pode dizer
[3].
Obviamente, este exemplo peca por sua simplicidade, mas faz-se necessário para que se possa aprofundar um pouco mais na questão do método dialético de observação.
O método dialético parte de três leis gerais:
1. A lei da transformação da quantidade em qualidade e vice-versa;
2. A lei de interpenetração dos contrários
3. A lei de negação da negação
[4].

Esta primeira lei parte do princípio de que os elementos de estudo adquirem propriedades diferentes se alterada sua quantidade ou sua qualidade, uma influenciando a outra.
Como nos exemplifica Engels
[5], em química, a alteração do número de átomos (quantidade) de uma molécula muda completamente seu atributo (qualidade); é o que ocorre com o oxigênio e com o ozônio quando mudada sua proporção de 2:3.
Em matemática, os números, que são a mais absoluta representação quantitativa, também contém atributos, como por exemplo, o número 49 que possui a qualidade de ser a raiz quadrada de 7, Neste caso, o aumento da quantidade numérica transforma a qualidade, no sentido de atributo. Se for observado este fato perante as medidas de tamanho ou distância a exemplificação torna-se mais clara, embora profundamente simplificada, o tamanho do jogador Nenê do Denver possui 2,06m e este fato é justamente seu atributo, seu fator qualitativo. Seu tamanho, o ganho em altura (quantidade), transforma-se em sua qualidade, o mesmo poderia ser aplicado às distâncias, ou como exemplifica Engels:

Napoleão descreve o combate travado entre a cavalaria francesa, cujos soldados eram pouco afeitos à equitação, mas que eram, no entanto, disciplinado, e os mamelucos, cuja cavalaria era a melhor do seu tempo para combates individuais, mas que eram indiciplinados. Eis o que nos diz Napoleão: “Dois mamelucos sobrepujavam, indiscutivelmente, a três franceses; 100 mamelucos faziam frente a 100 franceses; 300 franceses venciam 300 mamelucos e 1.000 franceses derrotavam, inevitavelmente, 1.500 mamelucos”. (...) vemos que, na descrição napoleônica, o destacamento de cavalaria tem que alcançar um determinado limite mínimo para que a força da disciplina (...) possa se manifestar e se desenvolver até o ponto de poder aniquilar massas numericamente superiores”
[6].

A outra lei, de interpenetração dos contrários, é uma das mais conhecidas e combatidas por outras vertentes de pesquisa. E é justamente ela que propõe e permite, metodologicamente falando, o movimento dialético e a quebra com a rigidez de conceitos.
Esta interpenetração tem como princípio as relações de antíteses que estabelecem um movimento e que, por sua vez, se iniciam e se encerram em si mesmos com relações antagônicas, e este movimento, embora contrário, preserva uma relação de dependência, subordinam-se uns aos outros. É o que se pode notar em uma simples ação mecânica cotidiana como empurrar um carrinho de supermercado. A força exercida pelo homem que empurra este carrinho é proporcionalmente contrária ao peso, ao atrito, à densidade do ar, e todos os possíveis fatores que impulsione este objeto em sentido contrário, o resultado nada mais é do que a interpenetração destes fatores originando o movimento, ou como nos fala Engels:

A dialética, chamada dialética objetiva, impera em toda a Natureza; e a dialética chamada subjetiva (o pensamento dialético) são unicamente o reflexo do movimento através de contradições que aparecem em todas as partes da Natureza e que (num contínuo conflito entre os opostos e sua fusão final, formas superiores), condiciona a vida da Natureza.
[7]

Quanto à quebra de rigidez, ou as chamadas incompatíveis linhas duras e fixas
[8], a explicação dá-se por conta da incapacidade , perante a teoria da evolução[9], de se definir gêneros e espécies com precisão na Natureza.
As diferenças assumem fases intermediárias, os opostos são separados não por definições contundentes como ‘isto ou aquilo’
[10] mas com a postura ‘tanto isto como aquilo’[11].

Entre os animais inferiores, o conceito de indivíduo não pode ser claramente estabelecido de modo algum. Não somente quanto ao problema de saber se tal animal é um indivíduo ou uma colônia, mas também saber o lugar onde, na cadeia da evolução, termina um indivíduo e começa outro.
[12]

Outro exemplo extraído da teoria quântica demonstra aspectos que impossibilita o tratamento rígido dado ao objeto de estudo e ainda propõe que, entre este objeto de estudo e seu observador existem inter-relações, ou interação como prefere Capra. Estas inter-relações do todo, que incluem o observador, fazem a descrição objetiva tornar-se inválida, pois não há mais a possibilidade de distanciamento do sujeito que observa do objeto observado, pelo contrário, o sujeito influência o objeto e vice-versa.

A teoria quântica acabara de pôr abaixo os conceitos clássicos de objetos sólidos e de leis da natureza estritamente deterministas. No nível subatômico, os objetos materiais sólidos da Física clássica dissolvem-se em padrões de probabilidade semelhantes a ondas; esses padrões, em última instância, não representam probabilidades de coisas mas, sim, probabilidades de interconexões entre a preparação de um experimento e sua posterior medição. A teoria quântica revela, assim uma unidade básica no universo. Mostra-no que não podemos decompor o mundo em unidades menores dotadas de existência independente. À medida que penetramos na matéria, a natureza não nos mostra quaisquer “blocos básicos de construção” isolados. Ao contrário, surge perante nós uma complicada teia de relações entre diversas partes do todo. Essas observações sempre incluem o observador, de maneira essencial. O observador humano constitui o elo final na cadeia de processos de observação, e as propriedades de qualquer objeto atômico só podem ser compreendidas em termos de interação do objeto com o observador. Em outras palavras, o ideal clássico de uma descrição objetiva da natureza perde sua validade. A partição cartesiana entre eu e o mundo, entre o observador e o observado, não pode ser efetuada quando lidamos com a matéria atômica.
[13]
(grifos meus)


Por último a lei de negação da negação, e é justamente essa que abarca o próprio processo dialético, a idéia de interpenetração dos contrários já contém implicitamente a de negação da negação, no entanto, não seria muito profícuo ficar “autodigerindo” leis dentro de leis, pois perderia o fim didático deste trabalho.
A negação da negação extingue um elemento tal como este é conhecido para transforma-lo em outro. A metamorfose, ou processo de mudança, na qual um objeto elimina suas característica para formar outro elemento consiste um processo de negação, ele recusa sua antiga forma para assumir outra.

Tomemos, por exemplo, um grão de cevada. Todos os dias, milhões de grãos de cevada são moídos, e consumidos, na fabricação de cerveja. Mas, em circunstâncias normais e favoráveis, esse grão, plantado em terra fértil, sob a influência do calor e da umidade, experimenta uma transformação específica: germina. Ao germinar, o grão, como grão se extingui, é negado, destruído, e, em seu lugar, brota a planta, que nascendo dele é a sua negação. E qual é a marcha normal da vida dessa planta? A planta cresce, floresce, é fecundada e produz, finalmente, novos grãos, morrer, ser negada, e, por sua vez, ser destruída. E como fruto desta negação da negação temos outra vez o grão de cevada inicial.
[14]
(grifos meus)
No entanto, a simples mutação do objeto em sua forma não consiste em uma negação, por exemplo, quando uma larva passa de uma forma para outra por meio de um processo natural de transformação pode-se considerar sim esta negação, o termo positivo larva nega-se para tornar-se o termo negativo não larva, mas suponha-se que tal mosca seja esmagada por um mata-moscas, neste último caso não há um processo de negação, o termo positivo vida é apenas contraditório a outro termo positivo morte. Portanto, nem toda a transformação é um processo de negação, somente aquelas ocasionadas em processos naturais que extingue, nega, seu termo.
Elucidada as três leis gerais da dialética, a de quantidade e qualidade, a de interpenetração dos contrários e a da negação da negação, o método dialético torna-se um pouco mais claro.
Sem ignorar estas leis do método torna-se necessário explanar os processos de observação, ou melhor, procura-se, neste momento, estabelecer uma relação entre a postura dialética e a prática de observação.
No entanto, para se obter uma observação eficaz é necessária que se aplique, nesta ação, os métodos da razão que consiste, em um primeiro plano, a aplicação do raciocínio indutivo e dedutivo, para que se possa estreitar este método em síntese e análise.
O raciocínio acerca do desenvolvimento de algum estudo parte da hipótese. Desta forma, o observador busca um fato novo, este, por sua vez, implica na procura de novos modos de explicação, que serão baseados, a princípio, em um número limitado de observações e fatos. Estes fatos e observações têm a função específica de aperfeiçoar as hipóteses, e após selecionar os fatos e observações que ajudam na confirmação da hipótese estabelece-se a lei definitiva, pura.
No entanto, para que se atinja uma adequada qualidade de investigação científica de forma que se estabeleça a razão
[15], propõe-se a chamada atividade da inteligência ou, como já foi citado, método da razão, que consiste em induzir, deduzir e, portanto, abstrair[16], analisar, sintetizar e experimentar.
Quanto à dedução e indução, nota-se que uma abarca a outra, justamente por serem contrários, propondo dinamicidade e movimento, no entanto, o processo de indução parte das particularidades de um objeto para o elemento geral, e a dedução propõe justamente o contrário, o geral para o particular, ou seja, a indução parte dos dados particulares de um objeto e através deles chega a seus conceitos gerais (dos efeitos à causa, da experiência à teoria, das conseqüências ao princípio), já o método dedutivo parte de generalidades de um objeto para se obter uma conclusão acerca de suas particularidades, ou melhor:

O raciocínio dedutivo baseia-se no princípio de identidade: de fato, toda dedução é uma cadeia descendente de identidades. Para provarmos que “ferro é corpo”, partimos da proposição geral “todo metal é corpo” e descemos à proposição particular intermediária “o ferro é metal”, como elemento de relação de identidade entre as duas proposições, a geral e a conclusão. (...).
Indução – Se ao contrário, subimos do particular para o geral. A indução segundo os métodos que emprega compreende a observação, a experimentação, a comparação e a analogia.
[17]

A indução (...) consiste (...) em ir de várias partes a um conceito universal conveniente a estas partes.
[18]

O método da razão de análise e síntese procura explicar a casualidade dos fenômenos. No momento em que o objeto de estudo apresenta-se com tamanha complexibilidade que fica difícil conhecer o fenômeno em sua totalidade de relações de causa e efeito, torna-se necessário o processo de análise e síntese.

O método de análise divide as particularidades, físicas ou lógicas, do objeto, em diversas partes, como podemos ver em um exemplo retirado da termodinâmica:

Sadi Carnot (...) Estudou a máquina a vapor, analisou-a, e verificou que o processo de seu funcionamento, aquilo que nela interessava, não se encontrava sob uma forma simples, mas encoberto por uma série de processos secundários; pôs de lado todas as circunstâncias estranhas ao processo essencial e construiu uma máquina a vapor ideal (ou máquina a gás), (...) apresentava o processo sob uma forma simples, independente, não adulterada
[19].

Já a síntese compõe a totalidade do fenômeno, reorganiza sinopticamente os elementos decompostos pela análise abarcando todas as suas considerações.
Chegado a este ponto, caso este processo seja de síntese e análise experimental os resultados obtidos da investigação são colocados em situações diversas, novas e estranhas, para que se possa abstrair (estabelecer conceitos genéticos), no entanto, no caso da biologia a síntese é ideal, pois não há meios de se compor o objeto de estudo depois de tê-lo dissecado.
Já na análise e a síntese racional, que operam sobre idéias, o processo pode ser feito resolvendo-se o problema até se chegar a sua forma mais simples proporcionando a solução aspirada.
Portanto, a observação precisa vir embasada, em suas etapas, de uma metodologia. Esta metodologia precisa cingir todas as possibilidades deste objeto.
Volte-se ao cubo multicolorido.
Este cubo desperta o interesse de um observador. Este caminha para desvenda-lo. Suponha-se que o observador não tenha sequer o conhecimento de que o cubo é um cubo.
O desejo do observador é entender o que é aquele objeto. Faz suas primeiras observações proporcionando sua descrição: geométrico, suas medidas são iguais em todos os lados, ele é branco e etc.. No entanto, a compulsão do observador de conhecer este objeto é grande e este se aproxima do objeto e assimila suas mínimas particularidades: fissuras, manchas e etc. Tem-se uma imagem descritiva um pouco mais detalhada do objeto.
Um método metafísico concatenaria as informações coordenadamente de forma quase enumerativa, no entanto, para os dialéticos o movimento é essencial (mesmo que o movimento seja do próprio observador), e o dialético observador com uma pequena mudança de posição, nota uma lateral vermelha que se conjuga ao quadrado branco; circula seu objeto, em outras faces do objeto nota o azul e o amarelo.
Com as observações já feitas e as adquiridas pelo movimento, junta as partes de sua análise para se chegar à dedução de que o objeto é um cubo; eis a comprovação pela indução (definitivamente nosso objeto não é um quadrado).


Notas de Rodapé

[1] Friedrich ENGELS, Dialética da natureza, p.128.
[2] Ibid.,p.127.
[3] Ibid.,p.128.
[4] Estas três leis gerais aparecem no livro de Friedrich Engels, Dialética da Natureza, p.34. São, em geral, aplicadas em estudos (filosóficos) de ciência: movimento, calor, eletricidade, química e mecânica. No entanto, deixam vastas margens para serem aplicadas em diversos campos de investigação, tal como Lingüística, Filologia e Literatura, como poderá ser notado no decorrer deste trabalho.
[5] Friedrich ENGELS, Anti-Dühring, p.177.
[6] Friedrich ENGELS, Anti-Dühring, p.108.
[7] Friedrich ENGELS, Dialética da Natureza, p.162.
[8] Ibid.,p.161.
[9] A teoria da evolução implica movimento, logo, implica o método dialético de observação, embora, neste caso, esteja sendo aplicado à ciência Natureza, pode-se aplicar este conceito em vários campos do conhecimento como, por exemplo, na Teoria Literaria. Nos gêneros literários nota-se, muitas vezes, a incapacidade de se definir sua categorização por causa da mistura destes gêneros no decorres da história literária.
[10] Ibid.,p.161.
[11] Ibid.,p.128.
[12] Ibid.,p.161.
[13] Fritjof CAPRA, O Tao da Física: um paralelo entre a física moderna e o misticismo oriental, p.58.
[14] Friedrich ENGELS, Anti-Dühring, p.116.
[15] Para Hegel apenas o pensamento dialético é racional in: Friedrich ENGELS, Dialética da natureza, p.159.
[16] Friedrich ENGELS, Dialética da natureza, p.159.
[17] Dino FONTANA, História da Filosofia, Psicologia e Lógica, p.404.
[18] Ibid.,p.428.
[19] Friedrich ENGELS, Dialética da natureza, p.166.


Referências Bibliográficas

CAPRA, Fritjof, O Tao da Física: um paralelo entre a física moderna e o misticismo oriental, Ed. Cultrix, SP, 2002.
ENGELS, Friedrich, Dialética da natureza, Ed.Paz e Terra, SP2000.
ENGELS Friedrich, Anti-Dühring, Ed. Paz e Terra, SP, 1990.
FONTANA, Dino, História da Filosofia, Psicologia e Lógica, Ed. Saraiva, SP, 1969.

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Formatação Dos Trabalhos

Os trabalhos devem possuir uma estrutura uniforme, seguir um padrão instituído pela instituição. Sendo assim, adaptamos as regras ABNT para nosso colégio.

Estrutura do Trabalho


*Formato.

A formatação deve ser a mesma em todo o trabalho. Deve ser apresentado em papel branco, Formato A4 (21,0 cm x 29,7 cm).
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*Margen

As folhas do trabalho devem apresentar margem esquerda e superior de 3 cm; direita e inferior de 2 cm, com alinhamento justificado na margem direita.
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*Espaçamento.

· O texto deve ser digitado com espaço 1,5 cm;
· Os títulos do trabalho devem ser separados do texto por dois espaços (1,5 cm);
· O espaço simples deve ser utilizado somente para citações, notas, referências e resumos;
· No caso das referências, estas devem ser separadas entre si por dois espaços simples.
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*Digitação.

· Tamanho da letra: 12 para o texto, títulos e subtítulos;
· Tamanho 10 para citações com mais de três linhas, notas de rodapé, paginação, legendas das ilustrações e tabelas;
- Fontes Arial ou Times New Roman
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*Notas de Rodapé.

A informação referente à nota de rodapé é digitada no final da página, em espaço simples e com fonte tamanho 10, e deve ser separada do texto por filete de 4 cm, a partir da margem esquerda. As notas de rodapé são separadas, entre si, por espaço duplo.
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*Paginação.

A numeração deve ser iniciada a partir da primeira folha da Introdução (parte textual) em algarismos arábicos, localizados no canto superior direito da folha, a 2cm da borda superior.

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*Capa

Deve estar na capa :
-Nome da instituição
-Nome do autor
-Título
-Subtítulo
-Local da instituição
-Ano de entrega do trabalho
-Usar fonte tamanho 16.



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*Folha de Rosto

Deve conter:
-Nome do autor (fonte 16)
-Título principal (fonte 16)
-Subtítulo (fonte 12)
-Natureza do trabalho (fonte 12)
-Objetivo do trabalho (fonte 12)
-Nome da instituição (fonte 12)
-Área de concentração (nível de ensino, curso)
-Nome do orientador (fonte 12)
-Local da instituição (fonte 16)
-Ano de entrega do trabalho (fonte 16)


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*Sumário

Folha com a relação de todas as partes do trabalho com a indicação das respectivas Páginas.É colocado no início do trabalho.

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* Anexos

Folha com documento que complementa o tema de OUTROS AUTORES e que foram utilizados no trabalho. Pode ser formado por questionários , roteiros de entrevistas , representaço~es gráficas etc. Deve ser citada a fonte. É indicado por letras maiúsculas consecutivas travessão, seguido pelo respectivo título em minúsculo.Vem no final do trabalho.
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*Notas de Rodapé

São indicações, esclarecimentos ou informações adicionais ao texto. Podem indicar fontes consultadas, informações em relação à comunicação pessoal, ou até comentários pessoais do autor, entre outros dados.
As notas de rodapé são indicadas no texto devem seguir as seguintes regras:
No final da frase
Após o ponto final
Por algarismos arábicos (os utilizados hoje: 1, 2, 3 e etc.)
Seqüenciais
Em sobrescrito (¹ ² ³)


________________________________________________________________________
*Citação

É uma alusão ou referência a textos ou documentos previamente consultados, sua principal finalidade é explicar ou completar os dados do trabalho que será desenvolvido. Deve conter a fonte de onde foram retirados os dados (obrigatoriamente).


>Sistemas de chamada da citação

É um meio de indicar a fonte consultada, no texto. Existem dois tipos de sistemas de chamada para as citações, são eles:

-Sistema Numérico:

As citações são enumeradas continuamente para todo o trabalho.


-Sistema Autor-Data:

A citação é apontada pelo sobrenome do autor, ou nome da instituição ou até mesmo pelo título do documento mencionado.

__________________________________________________________________________
*Tipos de Citação

-Citação Direta:
É a transição literal dos conceitos do autor consultado.
· Anotar a indicação do número da página
.
-Citação Indireta
É a reprodução livre dos conceitos do autor consultado.

- Observações:





* Como será de conhecimento de todos, os trabalhos deverão seguir esse modelo, que só será alterado caso algum professor(a) modifique o modelo pra seu trabalho.

Estrutura básica de uma dissertação

Como formar uma boa dissertação ?

A dissertação compreende em :
- A exposição de um assunto;
- O esclarecimento das verdades que o envolvem;
- A discussão da problemática que nele reside;- A defesa de princípios;
- Tomada de uma posição.

* Tipos de textos dissertativos *

Dissertação Expositiva :
É apresentada uma idéia, uma doutrina. O autor expõe seu pensamento, bem como o que outros pensam sobre o assunto.

Dissertação Argumentativa :
Tenta- se provar a veracidade ou a falsidade das idéias. O autor tem a intenção de convencer o leitor ou o ouvinte atravéz de argumentosverídicos.

Obs : a orientação é direcionada a uma dissertação básica, pois existem muitos outros estilos.

Extrutura do Texto dissertativo:

I) Introdução :
- É apresentado o problema que vai ser discutido; portanto, o tema surge desde o iníco da redação.- É sugerido o plano de desenvolvimento.- Deve ser clara, precisa, breve e preáratória.

II) Desenvolvimento :
Nesta parte, são paresentados argumentos que comprovam o problema apresentado. Precisa haver uma boa ordenação das idéias, uma análise objetiva dessas concepções e exemplos claros.O desenvolvimento deve ser :- Ordenado : Cada uma das opiniões devemser sucessivamente avaliadas;- Progressivo : Sempre deve-se partir do mais simples a fim de chegar ao mais complexo;- Equilibrado : Deve haver equilibrio entre sua proporção e a importância dentro do texto.

III) Conclusão :
Compreende em resumir todas as idéias apresentadas e discutidas no desenvolvimento, apresentação de uma solução para o que foi apresentado na introdução e a tomada de uma posição sobre a idéia oposta ( que ja deve ter sido levada em consideração em toda a estrutura da dissertação )

Dica:

Para formar uma dissertação bem estruturada, é importante que exista uma bagagem de conhecimento sobre o tema, e tembém, sobre textos argumentativos.Também é importante usar uma linguagem culta, que combine com o tipo de dissertação, e que exista uma visão crítica sobre o assunto abordado.

Teorias e Textos

Discutidas pela 6ª série
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Dois dedos de prozza
bla bla bla :
-Bla bla bla
- Ah!-Disse o falante
Bla!

Correção:
Dois dedos de prosa
Blá blá blá disse: - Blá blá blá!
O falante respondeu: - Ah!
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Não pagamos imposto de renda,
nós pagamos cover artístico.
Criação: Rayane e João
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Teoria do trabalhador
Quanto mais você trabalha mais você erra, então se você não trabalhar você não vai errar, não errando você vai ser promovido, então pra ser promovido é só não trabalhar.
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Teoria de Deus
Deus é amor

O amor é cego.
Steve Wonder é cego.
Logo, Steve Wonder é Deus.
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Teoria do Gato e da Manteiga

Dos fenômenos da natureza:
1) Pela observação cotidiana sabemos que: um gato que for lançado de uma janela ou outro lugar elevado cairá de pé, com as patas para baixo. Estável sobre suas patas.
2) Também foi observado e constatado por Murphy, que ao soltar da mesa em direção ao chão um pedaço de pão com manteiga, ele vai cair com o lado da manteiga para baixo. Proposição: Amarrar um pedaço de pão com manteiga, com o lado da manteiga para cima, nas costas de um gato. Que acontecera?

1) Cairá o gato sobre suas patas?
2) A manteiga lambuzara o chão?Analisando o mecanismo:

1) Das leis da Manteigologia decorre que a manteiga deve atingir o solo, portanto cria um momento de rotação que gira o sistema para que a manteiga atinja o chão.
2) Das estritas leis da Aerodinâmica Felina temos que o gato não pode machucar seu dorso peludo. Portanto exercendo igual momento para que suas patas atinjam o chão. Dedução:Se o aparelho combinado: gato + pão-com-manteiga for lançado, a natureza não tem meios de resolver o paradoxo. Portanto, ele simplesmente não cai. É isso mesmo, acabamos de descobrir o segredo da antigravidade! Um gato amanteigado ira, quando lançado, rapidamente mover-se a uma altura onde as forças do pulo-do-gato e da repulsão da manteiga estarão em equilíbrio. Este ponto de equilíbrio pode ser modificado tirando um pouco da manteiga, o que proporciona uma elevação, ou amputando uma das patas do gato, permitindo assim um declínio. O perigo óbvio certamente é:Se os gatos conseguirem comer os pães das suas costas, eles desabarão instantaneamente. É claro que os gatos vão cair sobre as patas.Dados Técnicos para construir uma nave espacial com dispositivo antigravidade:Propulsionar uma nave por meio de gatos congelados em animação suspensa, cerca de -190 graus Celsius, com pães com manteiga amarrados nas costas, evitando assim a possibilidade de colisões devido a felinos temperamentais, ou famintos. Manobras:Como guiar a nave, uma vez que os gatos são mantidos estáticos?
Proposta:
Sabe-se que, vestir uma camisa toda branca para ir a uma cantina italiana é uma maneira garantida de fazer uma viagem a lavanderia. Recobrir o exterior da sua nave espacial com camisetas brancas. Instalar quatro esguichos simetricamente ao redor da nave, que tem, é claro, o formato de um pires. Dispare molho de tomate proporcionalmente as direções que você quer ir. A nave, arrastada pelas camisetas, ira automaticamente seguir o molho. Se forem usadas camisas tipo T-Shirt, não consegue-se ir tão rápido quanto se usar, digamos, camisas de seda pura. Exceção:Só não funciona muito bem nos poços gravitacionais mais profundos, pois o molho de tomate, agora caindo num buraco negro, vai arrastar a nave com ele, a despeito da contra força da máquina antigravitacional gato/manteiga. A única esperança nesse momento é pulverizar enormes quantidades de OMO. Isto criara a tão conhecida Força Gravitacional Dupla Ação.Descobertas adicionais:Pesquisas recentes demonstraram que a substituição de manteiga por geléia de framboesa potencializa muito o sistema, pois pela Lei de Murphy sabemos que quanto mais caro é o produto que esté sobre o pão, mais certamente este cairá com a face, que contém o produto, para baixo.

Interpretação de um Poema

Thiago Souza Pedrozo

  • Para a interpretação desta poesia será que há necessidade de conhecimentos gramaticais, tais como pontuação, conhecimento de formatação das palavras ou flexão de gênero, número? Justifique.
Necessidade não há, porém há possibilidade de análise pelo aspecto lingüístico utilizando a gramática. O substantivo inicial “língua” remete a origem do poema ( o assunto ), que corresponde ao sujeito da ação. Os parênteses sempre significam uma idéia transversal relacionada as palavras mais próximas. O pronome relativo “que” interliga o sujeito a sua ação ( verbo “lambe”). Depois temos dois radicais seguidos; “Atenta” e “longa”, que juntos com o sufixo “mente” originam dois modos adverbiais que caracterizam a ação como ocorreu. O prefixo “Ex” traz a idéia de mudança do substantivo “pele”, que o sucede, como se a pele mudasse de forma e não fosse mais a mesma. O adjetivo “ permanente” se dispõe infiltrado no substantivo “ instante” que visualmente causa sensações sinestésicas e também sonoras de erotismo. O pronome possessivo “sua” indica posse, subjugada ao início do texto (o sujeito) e também relacionada a ação sonora que “ex” e “ pele” indicam juntamente ( símbolo sonoro de relações sexuais). O substantivo “película” interligada pela preposição “de” ao substantivo “celulose” cria uma idéia de fotografia que o retorna a “lente” no inicio do texto representando a ação mecânica de fotografar com substantivos. Juntando todos esses simbolismos e relações gramaticais, o texto indica relações sexuais de forma extremamente erótica que, atrelada a idéia de fotografia traz, traz a impressão de um acontecimento artificial, apenas idealizado como uma sucessão de imagens que criam uma história surreal e imaginária na mente do leitor. Assim, abrimos uma campo cheio de possibilidades de compreensão,porque não se sabe como a ação representada termina, apenas sabe-se o contexto e o desenvolvimento do acontecimento.

O Início do Projeto

Em sala de aula, muito conteúdo produtivo é produzido, porém, tudo é esquecido em questão de semanas. Então porque, toda essa inteligente criatividade não pode ser aproveitada para fins maiores? É isso que será feito aqui. Publicaremos as idéias criadas por alunos e professores, que são estruturadas de diversas formas, e trabalharemos sobre elas, fazendo com que o que criamos durante o dia, se torne útil para a vida toda.